terça-feira, 17 de maio de 2011

Sandman

Eu sou a sombra que oculta e a luz que cega
Tenho à mão a faca cega que sangra fácil
Com essa mão trêmula que deixa tácito
O antagonismo que em mim perpétua

Gosto dos venenos de sabor simples
Do sabor das sensações mais complexas
Das noites nas ruas movimentadas e estas
Outras tranquilas, repletas de sentidos ímpares

Por tortas ruas e escuros redutos por vezes rastejo
Por vezes as luzes e sons me trazem a alegria
É óbvio o paradoxo que nestes versos queria

Mas não me importa a obviedade com que aproveito
Essa descrição curta de musicalidade certa:
Sou a sombra que oculta e a luz que cega

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