sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Egito, Êxodo e Deus: Parte II-f: Conclusões sobre Deus

 Esta é uma pequena série de textos mostrando uma alternativa ao ponto de vista consensual sobre o êxodo do Egito, o Egito e regiões próximas nessa época e a formação da religião judaica, que por sua vez deu origem ao cristianismo e ao islamismo. Os textos estão divididos em duas partes. Esta segunda parte é dividida em seis partes menores.
 Estes textos são uma espécie de resumo, trechos retirados do livro “TUTANCÂMON a verdade por trás do maior mistério da arqueologia” (título original: Mercy), de Andrew Collins e Chris Ogilvie-Herald, Editora Landscape, 2004. O livro é muito mais abrangente e detalhado do que o mostrado aqui, com inúmeras referências e pontos de vista alternativos sobre os temas abordados. Nesse resumo suprimi as referências e adotei os pontos de vista escolhidos como mais prováveis e necessários para o desenvolvimento do raciocínio dos autores. Quaisquer dúvidas ou pedidos de referências podem comentar que responderei.
 Estes textos, obviamente, estão aquém do original, no entanto, conseguem mostrar satisfatoriamente que o que sabemos talvez não seja exatamente da forma que pensamos ser. Para todos que se interessam pelo Egito, religiões, História e pela incessante busca pela verdade.


 A Identidade de Deus


 Do Egito a Petra

 Relatos greco-egípcios e depois greco-romanos do êxodo, bem como amplas provas textuais, mostram-nos que uma peste assolou o Egito e o Oriente Próximo durante a época de Tutancâmon e seus sucessores. Foi considerada retribuição divina por ter o país abandonado os velhos deuses durante o reinado do meio-irmão do menino-rei, Aquenaton, que obrigou os egípcios a adorarem apenas um deus, Aton, ou disco solar. Por conseguinte, os sacerdotes destituídos de seus postos e os seguidores do Aton, juntamente com um grande número de seguidores asiáticos, foram expulsos do Egito na tentativa de aplacar os deuses, e livrar o país da peste, uma vez que eram considerados a causa dela.

 Os sacerdotes “impuros” e seguidores de Aton retiveram a firme crença nos princípios monoteístas de Aton. Isso, segundo os autores, tentaram impor aos shasu e aos “estrangeiros” asiáticos que foram obrigados a deixar o Delta Oriental egípcio, mas cuja pátria original seriam as montanhas de Seir, a terra de Edom. Essa imposição deve ter causado considerável consternação entre certos elementos da aliança tribal, que ainda aderiam à religião politeísta, tida por idólatra.

 Mas algo especial aconteceu quando os israelitas acamparam em Petra, sob a montanha de Yahweh. De alguma maneira, os princípios de Aton parecem ter se mesclado com conceitos-chave do deus da montanha local, venerado pelos nativos shasu, ou proto-edomitas, cujo clã principal era quase certamente conhecido como “Israel”. Inquestionavelmente, foi esse o motivo pelo qual, em vez de levar os israelitas diretamente para a Palestina, Moisés os trouxe a Petra, antiga Cades, talvez porque muitos dos povos asiáticos/árabes que o acompanharam em sua jornada fossem na verdade shasu dessa região. Na opinião dos autores, foi assim que a religião mosaica surgiu, por volta de 1300-1200 a.C. Tudo consistiu em uma fusão de ideias e crenças de povos com diferentes formações culturais e étnicas.

 O verdadeiro Israelitas

 Os indícios apresentados neste livro indicam que os povos nativos de Seir-Edom, os shasu, antecessores dos edomitas da Bíblia, podem ter a chave para explicar o desenvolvimento da raça israelita por volta do final da Idade do Bronze Recente. Aparentemente eles foram os primeiros adoradores de Yahweh, que antes era essencialmente um deus das montanhas com características bovinas e lunares, venerados por uma aliança tribal reunida por um núcleo de indivíduos egípcios, mais plausivelmente ex-sacerdotes e seguidores de Aton. O Israel da Estela da Vitória quase certamente é o principal clão dos shasu, cujo nome se deve a seu primeiro ancestral, o qual pode ter sido simplesmente Jacó, o neto de Abraão.


Parte II-e: As pegadas do deus da montanha 
Parte I a: O faraó monoteísta e um panorama sobre o Egito à época do êxodo  

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